AutoData - Venda de caminhões cresce, mas ritmo tende a reduzir
Balanço da Anfavea
11/03/2019

Venda de caminhões cresce, mas ritmo tende a reduzir

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Foto Jornalista  Leandro Alves

Leandro Alves

São Paulo – Mesmo com as notícias de que uma das marcas pretende deixar o mercado nacional até o fim deste ano, o impacto nos emplacamentos de caminhões ainda não foi sentido. De acordo com a Anfavea, haverá um movimento reflexo da decisão da Ford de abandonar seu negócio de caminhões nas vendas em alguns meses este ano, mas o resultado acumulado pode não ser alterado:  

 

“Precisamos aguardar uns três meses para saber como vai se comportar o ambiente de negócios, as vendas realizadas ou canceladas por conta da Ford”, disse Gustavo Bonini, vice-presidente da entidade.

 

Pelo segundo mês as vendas de caminhões chegaram próximas a 7 mil unidades [exatos 6 mil 876 caminhões], resultado considerado muito bom pelo executivo: “No primeiro semestre de 2018 o ritmo de vendas era de 4 a 6 mil unidades/mês. Ano passado alcançamos o pico de 7 mil/mês somente no segundo semestre, tradicionalmente melhor que o primeiro. Os números de 2019 mostram que a régua subiu, e isso é positivo”.

 

Na comparação com fevereiro de 2018 os emplacamentos cresceram 70,2% e sobre janeiro o desempenho tendeu à estabilidade, com retração de apenas 1,6% – por conta do menor número de dias úteis.

 

O dado mais consistente é o do acumulado de 2019: os 13,9 mil caminhões negociados representam crescimento de 61% com relação a igual período do ano passado. No entanto, há hipótese de que esse aumento substancial possa não ter continuidade nos próximos meses, já que a Anfavea projeta um incremento de 15,3% para 2019.

 

Assim, independente do que acontecerá no mercado por conta da Ford há expectativa de diminuição natural do ritmo de crescimento nas vendas de caminhões. Mas não é um movimento que preocupa os fabricantes. Por enquanto. Além disso, ainda há a oportunidade para ocupar o espaço da Ford nos segmentos em que é forte, como em caminhões leves e médios. A alta ociosidade das fábricas de caminhões pode ajudar algumas empresas. Agilidade para ocupar esse espaço é o nome do jogo neste momento.

 

Foto: Divulgação.