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Montadora
24/07/2019

Caoa-Chery pode superar meta de vendas em 2019

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Foto Jornalista Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo, SP – As operações da Caoa-Chery no Brasil começaram em janeiro de 2018 e, para o segundo ano de operações, a companhia pretende vender algo como 26 mil unidades, segundo seu CEO, Márcio Alfonso: “Se as vendas continuarem no mesmo ritmo dos últimos três meses acredito que será possível até superar as 26 mil unidades licenciadas, que é a nossa meta para 2019”.

 

No ano passado a empresa iniciou suas operações em abril, com o lançamento do Tiggo 2. Até dezembro foram negociadas 8,5 mil unidades, volume que a companhia já atingiu no primeiro semestre deste ano, com 8 mil 517 licenciamentos. Caso a expectativa de vendas seja atingida o crescimento em 2019 será acima de 300%. Ressalta-se, contudo, que a base comparativa é irrelevante para um período de doze meses.

 

O lançamento de quatro modelos em menos de um ano, considerado uma ousadia pela concorrência, segundo o CEO da Caoa-Chery, teve como objetivo trabalhar também a imagem da marca: “Se apresentássemos apenas um modelo em um ano o mercado teria muitas dúvidas com relação a marca. Nossa intenção era mostrar aos consumidores que chegamos para ficar”.

 

Para atingir o objetivo de colocar no mercado os quatros modelos em menos de doze meses a empresa contou com grande ajuda da China, que em parceria com a equipe de engenharia nacional da Caoa-Chery desenvolveu todo o ferramental necessário para produzir os modelos aqui: “As linhas que importamos para o Brasil têm tecnologias parecidas com as usadas na China, mas fizemos adaptações em alguns processos porque por aqui eles serão semi-autônomos e, na China, 100% autônomos”.

 

Em conjunto om os novos produtos a estratégia da Caoa-Chery para o primeiro ano de mercado passou por outros dois pilares: construção da marca e da rede de atendimento no País. Segundo Alfonso a empresa trabalhou forte na divulgação de seus produtos em diversas mídias para construir um nome forte para a marca:

 

“Tínhamos que trabalhar para conquistar a confiança dos consumidores e, para isso, reconstruímos a rede, que no começo das operações era composta por 25 unidades e encerrou 2018 com 65 lojas. Mas esse processo foi muito além da inauguração de novos pontos de vendas, pois passou por diversas áreas como atendimento, vendas e pós-vendas”.

 

 

Alfonso e sua equipe identificaram que um dos grandes questionamentos dos clientes era a disponibilidade de peças e se os serviços de pós-vendas seriam rápidos e eficientes: “95% de todas as demandas que nosso pós-vendas tem a gente consegue solucionar no máximo em trinta dias, independente de qual caso seja, um índice que é visto em marcas grandes e que estão no mercado há muito tempo”.

 

Outro ponto trabalhado pela empresa em serviços foi o preço dos seguros, que no passado eram muito mais caros na comparação com o preço da apólice de modelos do mesmo segmento, mas agora são competitivos. Grandes seguradoras já atendem aos veículos da Caoa-Chery.

 

Segundo Alfonso, as metas e planos do primeiro ano de mercado foram atingidos, porém a empresa encontrou algumas dificuldades no período, sendo que a maior foi a situação econômica do País, que cresceu abaixo do esperado no ano passado, situação que continua para 2019: “Este ano a tendência é a mesma, pois a previsão de expansão do PIB foi revisada para baixo algumas vezes”.

 

Caso a economia nacional tivesse crescido mais no ano passado o CEO acredita que o desempenho de vendas da companhia teria sido melhor, mesmo estando satisfeito com os resultados consolidados.

 

Outro entrave encontrado pela companhia foram as vendas diretas que, segundo o executivo, representaram 37% de todas as vendas do setor no ano passado, sendo um segmento que a Caoa-Chery não atuava em 2018. Isso também dificultou o crescimento: “Essa dificuldade continuará em 2019, porque ainda temos uma pequena participação nesse segmento e ele já representa 47% das vendas totais”.