AutoData - Distúrbios na América Latina podem prejudicar exportações
Balanço da Anfavea
05/12/2019

Distúrbios na América Latina podem prejudicar exportações

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – A queda de 33,2% no volume exportado de janeiro a novembro, para pouco mais de 399 mil veículos, é justificada pela Anfavea pela redução do mercado argentino – que caiu pela metade este ano. O efeito não foi pior, segundo o presidente Luiz Carlos Moraes, porque a indústria conseguiu expandir volume para outros mercados da América Latina, como Colômbia, Chile e Equador.

 

Mas as recentes manifestações populares nesses países, em alguns casos violentas, acenderam o sinal amarelo dentro da entidade. Moraes garante que ainda não houve redução nos envios, mas há preocupação com relação à situação: “Temos casos de concessionárias quebradas, fatos que inibem o consumo nestes mercados. E afeta o PIB, o que pode mexer com as nossas exportações”.

 

De toda forma as 31,7 mil unidades exportadas em novembro, queda de 7,9% com relação ao mesmo mês do ano passado e crescimento de 5,9% sobre outubro, ainda seguiram o ritmo normal, com impacto apenas da Argentina.

 

Em paralelo, adianta Moraes, seguem as tratativas com relação a novos acordos comerciais bilaterais. As conversas com o Paraguai estão avançando e a Anfavea dá suporte técnico ao governo e já fez um pedido:

 

“Gostaríamos que o governo brasileiro incluísse o acordo a proibição ou redução gradativa da importação de veículos usados, muito comum no Paraguai. Calculamos que, no ano passado, foram importados 70 mil carros usados, alguns com até mais de dez anos de uso. São volumes que poderiam ser de veículos produzidos pela indústria brasileira”.

 

Em valores, aí incluídos também as fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias e exportações de autopeças por parte das montadoras, as vendas externas renderam US$ 730,7 milhões em novembro, queda de 23,7% com relação ao mesmo mês de 2018 e de 9,9% na comparação com outubro. No acumulado do ano a indústria faturou US$ 9,1 bilhões, valor 33,8% inferior ao do mesmo período do ano passado.

 

Foto: Divulgação.