São Paulo — A pandemia imprimiu ritmo ao processo de ajuste de produção de acordo com a demanda para montadoras e fornecedores, mais recente mantra do setor automotivo. Enquanto o movimento é executado, o temor natural pela mudança estrutural de alguns convive com a esperança por oportunidades de outros. A Rockwell Automation, por exemplo, aposta na esperança.
O consultor do segmento automotivo Fabiano Fernandes cita a aplicação de novas tecnologias como resolução para a equação redução de custo versus melhorias nos processos produtivos. Ele acredita que, apesar da sinalização de restrição a investimentos, a indústria manterá os holofotes na indústria 4.0:
"A busca pela redução de custos do setor passará pela tecnologia, pelo maior controle da produção em termos de atividade e de manutenção. Ainda que o momento seja de revisão dos investimentos a maioria das empresas seguirá investindo em manufatura digital, até porque os novos projetos de veículos demandam isso".
Ele está à frente de equipe de consultores que buscam negócios para a Rockwell no País em diversos setores, dentre eles o automotivo — que representa 20% dos negócios no mix da companhia, que tem em carteira empresas do setor de mineração, alimentos e logística.
A premissa defendida por Fernandes, de que os novos veículos demandam linhas digitais, é baseada em projetos recentes dos quais a empresa participou. Um exemplo é o da linha de produção da nova geração da Fiat Strada, na fábrica FCA instalada em Betim, MG. Neste caso específico a Rockwell construiu o sistema de automação desenvolvido pela montadora, que envolve, por exemplo, aplicação de AGVs.
A Rockwell possui, no Brasil, uma fábrica em Jundiaí, SP, onde são produzidos equipamentos para o setor elétrico. Há, também, escritório comercial na Capital — e em Cotia, SP, a empresa mantém um centro de reparos. O quadro de funcionários é formado por seiscentas pessoas.
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