São Paulo — As linhas de produção das fabricantes de caminhões instaladas no País começaram a apresentar desempenho positivo para atender pedidos anteriores à pandemia e as demandas futuras do agronegócio em julho. Segundo dados da Anfavea, divulgados na sexta-feira, 7, a produção no mês cresceu 22% ante a de junho por causa deste cenário, somando 6,8 mil unidades
Na comparação com o desempenho de julho do ano passado, a produção foi 37,5% menor. Já no acumulado dos sete meses, o volume produzido foi de 41,5 mil unidades, resultado que representa queda de 37,3% ante igual período no ano passado.
Os caminhões pesados representaram a maior demanda nas linhas até julho, com produção de 21,2 mil unidades no período. É neste segmento que as fabricantes depositam as fichas no sentido de representar pilar de sustentação das linhas até o final do ano, uma vez que o produto tem forte aderência ao agronegócio.
"A maioria dos frotistas estão executando planejamento de renovação de frota para atender à safra, o que reflete na venda de caminhões neste período", disse Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea. "Soma-se a este volume os pedidos que estiveram represados durante o período de quarentena, de março a maio."
O crescimento da demanda citado pelo executivo é visto no ritmo dos licenciamentos registrados no segmento. Os dados da Anfavea mostraram alta de 13,4% nas vendas de pesados em julho, na comparação com junho, somando 5,2 mil unidades, mais da metade do total de caminhões vendido no mês, 9,5 mil unidades. O volume, na comparação com o registrado em julho do ano passado, foi 6,7% superior.
No acumulado do ano, no entanto, o volume de emplacamentos de caminhões segue negativo. Até julho, 47,4 mil unidades foram licenciadas, resultado que representa retração de 15% ante o período de janeiro a julho de 2019.
Em termos de volume quem mais vendeu caminhões foi a Mercedes-Benz, com 14,9 mil unidades. Seguem na lista das cinco mais a Volkswagen Caminhões, Volvo, Scania e Iveco.
O mercado externo segue desaquecido, com os principais parceiros comerciais do Brasil se recuperando, cada a um no seu ritmo, do baque da crise gerada pela pandemia de covid-19. No acumulado do ano foram embarcados 6 mil caminhões, queda de 20% sobre o volume exportado em igual período no ano passado.
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