São Paulo – A Anfavea divulgou na sexta-feira, 8, suas projeções para 2021, as primeiras do ano e que, segundo seu presidente, Luiz Carlos Moraes, podem ser revistas dependendo do desempenho da indústria ao longo dos meses. Nas contas da entidade a produção crescerá 25% no ano, para 2,5 milhões de unidades, acompanhado alta de 15% no mercado doméstico, que chegará próximo a 2,4 milhões de veículos, e das exportações, 9% maiores, com 353 mil embarques.
“A neblina continua no horizonte. Em 2020 o resultado foi melhor do que esperávamos no início da pandemia porque medidas importantes foram tomadas, como a injeção de liquidez pelo Banco Central, o auxílio emergencial e a flexibilização das jornadas de trabalho. Ajudou a economia e atenuou a queda no PIB, que chegou a ser estimada em 8% a 9% e que deverá ficar em 4,5%.”
A Anfavea estima crescimento de 3,5% no PIB em 2021, acompanhado de uma correção na Selic, para 3%, e pressão inflacionária, levando o IPCA a 4%. Moraes não vê problemas na concessão de crédito para a vendas de veículos, mas chama a atenção para as eventuais volatilidades do dólar, que deverá ficar na casa dos R$ 5.
As projeções da Anfavea se assemelham às da Fenabrave, que foi um pouco mais otimista: estimou alta de 16% nas vendas. O próprio Moraes as considerou conservadoras, justificando o cenário de pandemia e a possibilidade de novo fechamento do comércio: “Ainda tivemos aumento de imposto, como o ICMS em São Paulo, maior mercado automotivo do País”.
De toda forma, lembrou o executivo, as projeções para o mercado interno indicam crescimento da indústria três vezes superior ao do PIB. E há otimismo com as exportações, mesmo ainda sem a reação da Argentina.
Confira as projeções da Anfavea.
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