São Paulo — Fabricantes de autopeças instalados na Europa consideram a possibilidade de que o acordo bilateral do bloco com o Mercosul, um desejo antigo do Estado e do setor automotivo nacional, possa se tornar realidade até dezembro:
"Essa é a expectativa de todo o setor europeu, de que essa medida possa se tornar realidade e criar, assim, um mercado potencial de 700 milhões de pessoas", disse Sigrid de Vries, secretária geral da Clepa, a Associação Europeia de Fornecedores Automotivos.
A representante da entidade participou do 2ª Encontro da Indústria de Autopeças, evento organizado pelo Sindipeças e realizado na segunda-feira, 5, por meio online.
De Vries disse, ainda, que a proximidade do desfecho traz também série de desafios às empresas produtoras de autopeças do bloco, como, por exemplo, a questão das diferenças de tecnologias que que existem nos parques industriais nas duas regiões:
"O mundo demanda veículos mais seguros e com maior tecnologia, e este contexto, claro, passa pela manufatura e como ela, atualizada, poderá tornar possível a produção de componentes com maior qualidade".
Sigrid de Vries disse, também, que o Brasil especificamente precisa resolver suas questões ambientais se quiser que os produtos nacionais tenham êxito no mercado europeu, que mantém políticas rígidas acerca da procedência dos produtos que importa.
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