São Paulo – Caminhões elétricos chegarão para conviver com modelos movidos a diesel, biodiesel, biogás, gás natural, HVO e híbridos. Assim avalia Christopher Podgorski, presidente da Scania Latin America, que participou do 3º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, organizado pela AutoData Editora até a sexta-feira, 20:
“O futuro não será elétrico: será eclético”.
Ele acredita que a decisão de compra será do transportador, que fará as contas para entender qual tipo de powertrain é mais adequado para sua operação: “A Scania oferecerá todas”.
Na América Latina a companhia avança com os seus caminhões movidos a GNV e biometano. Recentemente firmou parceria com a Comgás para acelerar a expansão de infraestrutura de GNV no Brasil. Por aqui, segundo Podgorski, já foram comercializados duzentos caminhões com a tecnologia.
Mas não é o maior mercado latino: na Colômbia já rodam 290 unidades. Outras 97 estão em operação na Argentina e 26 no Peru.
A América Latina representou 18% das vendas da companhia no acumulado do ano, de acordo com o executivo. A Scania possui operação robusta na região, com a fábrica de São Bernardo do Campo, SP, onde produz caminhões para toda a região – 30% do volume é exportado – e em Tucumán, Argentina, que faz usinagem e monta transmissões. Assim consegue balancear e obedecer as regras do flex dos dois países, enviando caminhões à Argentina e recebendo caixas de câmbio.
Foto: Reprodução.