São Paulo – Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, disse, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2022, organizado pela AutoData Editora até a sexta-feira, 22, que não existe mágica para o câmbio elevado e oscilante: “É localizar mais e exportar mais”.
A Toyota vem fazendo ambos. A localização de componentes é um dos projetos da companhia, com foco no longo prazo, para, além de conseguir ficar menos exposta ao câmbio, reduzir as possibilidades de falta de disponibilidade, um dos fatores que prejudicou, em 2021, os seus negócios, especialmente no caso dos semicondutores, mas também em outros componentes que ficaram presos em navios e aguardando contêineres.
Chang disse que a área de compras vem promovendo painéis com empresas fornecedoras para ampliar sua base: “Estamos abrindo mais, sempre respeitando as nossas exigências por qualidade”.
Hoje de 60% a 70% dos conteúdos dos carros produzidos em Indaiatuba e Sorocaba, SP, são locais, recordou o presidente. A ideia é seguir ampliando e buscando alternativas, locais, para os mesmos componentes em alguns casos.
Do lado da exportação um bom exemplo é o Corolla Cross, que de Sorocaba sai para mais de vinte mercados da América Latina: “Buscamos ampliar nosso volume na região. No ano que vem pretendemos exportar 75 mil unidades”.
Para 2022 Chang projetou vendas na casa das 2,6 milhões de unidades, com a Toyota respondendo por 200 mil. A companhia projeta produzir 210 mil unidades em suas fábricas no ano que vem, pois Sorocaba abrirá um terceiro turno nas próximas semanas.
Em paralelo o presidente Chang negocia um novo ciclo de investimento, agora que o SUV está nas ruas, após R$ 1 bilhão em aporte. Evitou dizer quais modelos pretende fazer aqui, mas ressaltou os planos de ter, até 2025, todo o seu portfólio eletrificado no Brasil.
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