São Paulo – Apesar do cenário macroeconômico vantajoso às exportações, devido à manutenção do dólar na casa dos R$ 5,50, a falta de semicondutores está afetando também as vendas internacionais com a oferta reduzida de produtos. Em novembro foram embarcadas 28 mil unidades, queda de 6% em relação a outubro. Na comparação com o mesmo mês em 2020, quando foram exportados 44 mil veículos, o tombo é de 36,6%.
Trata-se do pior desempenho para o mês desde 2014, quando haviam sido enviadas 25 mil unidades a outros países, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em coletiva à imprensa na segunda-feira, 6. E isso tudo, complementou, acontece em um momento em que os mercados externos, como Chile e Colômbia, estão recuperando suas economias da crise da pandemia e têm apresentado aumento da demanda.
Do total de 28 mil unidades embarcadas, 25,7 mil são veículos leves, 1,8 mil caminhões e 485 ônibus, por isso o impacto dos semicondutores é maior e, consequentemente, também o reflexo do fluxo de exportações.
Apesar da queda em novembro no acumulado do ano o volume enviado ao Exterior, de 334,8 mil unidades, ainda é 17,1% maior do que no mesmo período de 2020, quando foram embarcados 285,9 mil veículos. “Mas quando comparamos com anos anteriores, o montante é bastante inferior. Estamos abaixo de 2019, quando foram embarcadas 404,5 mil unidades, e muito abaixo de 2018, com 597,3 mil unidades.”
Em valores, as exportações de veículos movimentaram no mês passado US$ 648,4 milhões, 2,8% menos do que em outubro, mas 8,6% mais que em novembro de 2020. No acumulado do ano, os US$ 6,8 bilhões mostram crescimento de 41,3% em relação a igual intervalo em 2020 e superam 2019, com US$ 6,4 bilhões, mas ainda estão aquém de 2018, quando foram alcançados US$ 10,6 bilhões com as vendas ao Exterior. Vale destacar que, antes da pandemia o dólar girava em torno de R$ 4.
Foto: Ricardo Botelho / Ministério da Infraestrutura / Divulgação.