São Paulo — O setor de caminhões registrou em 2021 o seu maior volume de produção desde 2013, com 158,8 mil unidades, alta de 74,6% sobre 2020, de acordo com os dados divulgados pela Anfavea na sexta-feira, 7.
Marco Saltini, vice-presidente da entidade, lembrou que 2020 foi um ano mais impactado pela pandemia, com fábricas fechadas: "Mesmo assim foi um bom desempenho do setor de caminhões no ano passado".
Os emplacamentos atingiram seu melhor resultado desde 2014, somando 128,7 mil veículos, crescimento de 43,5% sobre 2020. Saltini disse que a expansão foi puxada pelo forte desempenho de alguns segmentos, caso do agronegócio, mineração e e-commerce.
Se somarmos as vendas de caminhões com as de furgões e picapes, também usados para o trabalho na maioria das vezes, a participação de mercado desses veículos chegaram a 25% no ano, contra 20% em 2020, comprovando o bom avanço desses segmentos. Com os veículos de trabalho ganhando espaço, quem perdeu uma parte da sua fatia foram os automóveis, com demanda mais baixa no ano passado.
As exportações de caminhões chegaram a 22,7 mil veículos de janeiro a dezembro, crescimento de 71,4% na comparação com 2020.
Dezembro — A produção no último mês do ano foi de 12,4 mil unidades, recuo de 13,8% sobre novembro, resultado de férias coletivas, movimento que é normal para o período. Na comparação com igual mês de 2020 houve incremento de 18,2% e, para o vice-presidente, o volume de dezembro indica que o setor segue com forte demanda.
As vendas foram de 11,9 mil caminhões, incremento de 13,5% sobre novembro e de 20,8% sobre igual mês de 2020, confirmando o bom momento que vive o setor. Os embarques para outros países somaram 1 mil 935 unidades, volume 7,5% maior que o registrado em novembro e 17,8% maior do que em igual mês de 2020.
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