São Paulo – Segue na Stellantis uma das premissas que Antonio Filosa, seu COO, mantinha na FCA: localizar o máximo possível os componentes para minimizar possíveis impactos da variação cambial e da logística, dois pontos que afetaram a indústria global durante a pandemia da covid-19. O executivo, que foi um dos participantes do Seminário AutoData Megatendências 2022, defendeu a proximidade geográfica dos fornecedores com as fábricas de veículos.
“Estamos trabalhando nisso com o Citroën C3, um dos nossos
lançamentos mais estratégicos do ano. No início do projeto uma série de componentes estavam previstos para serem importados da Índia, mas já começamos o processo de localização de uma parte deles”.
O aumento dos componentes nacionais poderá ajudar, também,
os dezesseis lançamentos da Stellantis até 2025, junto com as
28 reestilizações previstas. O plano de lançamento envolve mais sete modelos elétricos ou híbridos.
A expansão do portfólio eletrificado da Stellantis também passará pelo etanol: a empresa já trabalha no desenvolvimento de uma nova solução local, com cerca de 1,5 mil engenheiros dedicados ao projeto.
Essa é parte da aposta da companhia para seguir líder de vendas no Brasil e em outros mercados da Região, como na Argentina, onde encerrou o primeiro bimestre do ano na primeira colocação. Outros mercados como o Chile, segundo maior da América do Sul, também estão no radar da Stellantis, que pretende ganhar espaço nos próximos anos.
Trabalhar marca por marca também será um dos focos da companhia
nos próximos anos, em busca de sua expansão na região, com dedicação maior às marcas que podem avançar mais, caso da Peugeot e da Citroën, de acordo com Filosa. Apostar alto na Ram também será um dos pontos para a Stellantis.
Questionado sobre os possíveis impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, no Leste Europeu, o executivo disse que, do lado dos negócios, a companhia segue monitorando possíveis problemas de abastecimento e já trabalha em planos B e C: “Quanto mais tempo durar esse conflito, maior o impacto para humanidade e para os negócios”.