São Paulo – Saíram das linhas de montagem, de janeiro a março, 496,1 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, volume 17% inferior ao primeiro trimestre do ano passado, de acordo com s dados divulgados pela Anfavea na sexta-feira, 8. Em março as linhas aceleraram um pouco e entregaram 184,8 mil veículos, 11,4% acima de fevereiro mas ainda 7,8% abaixo de março do ano passado.
Diante do contexto atual de instabilidade logística e, principalmente, da escassez de semicondutores na indústria global o resultado foi considerado positivo pelo presidente Luiz Carlos Moraes: “Ainda temos bastante casos de interrupção na produção, fábricas parando por falta de peças”.
Embora o executivo tenha minimizado o cenário a Anfavea projetara, para o primeiro trimestre, média de 175 mil unidades produzidas por mês, o que levaria à produção a 525 mil veículos: “A média ficou 10 mil unidades abaixo. Então fechamos o trimestre com 30 mil veículos produzidos a menos do que a nossa perspectiva”.
Moraes novamente ressaltou que espera dias melhores no segundo semestre, com início da reação já no segundo trimestre. As paralisações, no entanto, não pararam: na semana passada Renault e Mercedes-Benz anunciaram ajustes nas suas linhas e a Volkswagen estuda lay off de até oito meses.
A Anfavea manteve sua projeção para o ano, de 2 milhões 460 mil veículos produzidos.
Um sinal de que as montadoras seguem acreditando no mercado, e na volta à normalização da produção, é o nível de emprego, que segue crescendo. Em março foram 430 vagas de saldo positivo, contratações contra desligamentos. Desde dezembro já foram acrescentados setecentos postos de trabalho.