São Paulo – Em 2027 a fábrica-sede do Grupo BMW, em Munique, Alemanha, será sua primeira unidade a produzir apenas modelos 100% elétricos, com a conclusão da transição para os modelos Neue Klasse. Na Europa o avanço para a eletrificação tem sido feito em passos mais rápidos mas não existe, ao menos dentro da BMW, a decisão de parar de produzir carros a combustão. Ao contrário: Sebastian Mackensen, diretor geral para a região Américas e CEO para a América do Norte, garantiu que segue o desenvolvimento de novos motores movidos a gasolina, ou flex fuel no caso do Brasil.
O foco principal, e global, é o desenvolvimento dos elétricos, para atender a legislações de diversos mercados, segundo o Mackensen: “Em muitos países só conseguiremos atingir as metas com veículos de zero emissão e seguiremos neste sentido. Mas não dizemos que este é o único caminho. Continuaremos a ter carros a gasolina em outros mercados, ao menos até que eles não sejam proibidos”.
Em paralelo às tecnologias já conhecidas e comercialmente viáveis a BMW almeja, no futuro, introduzir tecnologias de propulsão a hidrogênio, relatou o executivo sem entrar em pormenores.
Por aqui a aposta é no flex, embora sem tanto entusiasmo como as fabricantes tradicionais. Até o fim do ano a fábrica de Araquari, SC, produzirá o primeiro híbrido plug-in, o X5 PHEV, ainda sem a possibilidade de abastecer com etanol. Não há planos de expandir a linha atual, hoje limitada ao Série 3.
A unidade de Santa Catarina, que completa 10 anos em outubro, seguirá atendendo, ao menos por enquanto, apenas ao mercado brasileiro. No passado o X1 chegou a ser exportado para os Estados Unidos, mas não há novos planos no horizonte:
“Estamos sempre estudando, sempre há oportunidades para exportar. Mas ainda não temos nada definido”.