São Paulo – A fábrica da General Motors em Gravataí, RS, voltou a produzir na segunda-feira, 17, após trinta dias de paralisação por causa da realização de ajustes técnicos na linha, como modernizações e adaptações em algumas áreas da produção. Foram concedidos aos 5 mil profissionais, a metade deles empregados de sistemistas que trabalham no local, vinte dias de férias coletivas e dez de licença remunerada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, são fabricadas cerca de 450 unidades do Onix e do Onix Plus por turno e é possível, portanto, estimar que nos dois turnos diários de produção deixaram de ser produzidos ao menos 16 mil veículos neste período, considerando dezoito dias úteis.
No mês que vem, porém, a partir do dia 22, terá início lay-off para um dos turnos de produção, conforme acordado por sindicato e montadora. Significa, de acordo com o presidente do sindicato, que aproximadamente 2,5 mil operários terão seus contratos de trabalho suspensos por dois meses e oito dias, sendo a metade deste volume em sistemistas.
Segundo a fabricante a medida, que afetará parcialmente a produção, busca alinhar o volume fabricado à demanda atual do mercado: “A GM reforça seu compromisso com colaboradores e parceiros, assegurando o acompanhamento contínuo do cenário econômico para ajudar suas operações conforme necessário nos próximos meses”.
Dados da Fenabrave mostram que foram emplacados no primeiro bimestre 4,7 mil unidades do Onix, o que coloca o modelo na posição de nono mais vendido do mercado brasileiro.
O hatch liderou as vendas por seis anos consecutivos, de 2015 a 2020, mas durante a pandemia problemas para obter componentes e semicondutores fez com que perdesse espaço diante de diversas paradas na produção no período. No ano passado encerrou na terceira posição do ranking.
Quanto ao Onix Plus, apareceu na vigésima-primeira colocação dos dois meses iniciais de 2025 com 2,5 mil unidades comercializadas.