Os aportes financeiros da General Motors no Brasil deverão crescer. De acordo com Carlos Zarlenga, seu presidente para o Mercosul, a empresa prepara “mais anúncios de investimento”, sendo que “um deles deverá ocorrer em breve”.
A informação foi revelada durante a apresentação de Zarlenga durante o primeiro dia do Congresso AutoData Perspectivas 2018. Recentemente a GM pormenorizou aporte de R$ 4,5 bilhões, parte de pacote mais amplo de R$ 13 bilhões para o período 2014-2020: R$ 1,2 bilhão para a fábrica de São Caetano do Sul, SP. R$ 1,4 bilhão para a de Gravataí, RS, e R$ 1,9 bilhão para a de Joinville, SC, unidade dedicada exclusivamente à produção de motores e transmissões.
Zarlenga não deixou claro se este novo anúncio de investimento representará dinheiro 100% ou se ainda fará parte do pacote já conhecido, de R$ 13 bilhões. Mas, de qualquer forma, deu indício claro que a ideia GM é não deixar recursos parados no cofre: “Como atuais líderes de mercado no Mercosul é natural que sejamos líderes também na eletrificação de veículos na região. Este é um desafio que a General Motors aceita. Queremos liderar o mercado também neste novo cenário”.
Excelente razão para tal foi revelada pelo executivo em cálculo muito interessante: hoje a venda de um carro 0 KM, adicionado de produtos agregados como seguro, financiamento e et ceteras, significa algo como de US$ 20 mil a US$ 30 mil de faturamento para a fabricante. Já um carro elétrico, considerando-se a venda adicionada de serviços de abastecimento e outros, durante toda a sua vida útil, pode representar receita até doze vezes maior.
Talvez exatamente por isso o palestrante tenha sido enfático ao garantir, em sua apresentação, que a eletrificação representa “a maior oportunidade da indústria desde a sua própria criação”.
Projeções – No que diz respeito ao mercado brasileiro em particular Zarlenga atesta que “o crescimento começou, é sustentável e continuará”. A empresa estima mercado interno para 2018 em faixa que vai de 2,4 a 2,6 milhões, “possivelmente mais para perto dos 2,6 do que para os 2,4”.
Para o fechamento deste ano a previsão é de 2 milhões 250 mil unidades comercializadas, o que significa que o crescimento em 2018 pode variar, nos cálculos da GM, de 7% a 16%. De 2019 a 2021 a previsão é de elevação constante na faixa de 8% ao ano, chegando a 3,3 milhões em 2021.
Para a Argentina a GM vê 2017 com mercado de 900 mil unidades, e o mesmo em 2018, um tímido crescimento para 910 mil em 2019, para 940 mil em 2020 e para 970 mil em 2021.
Foto: Maurício de Paiva
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