São Bernardo do Campo, SP – A Volkswagen tem como meta para o ano buscar maior lucratividade e a operação da empresa na América do Sul se estrutura para que, ao fim do ano, haja desempenho positivo – ainda que tímido. A informação é de Pablo Di Si, presidente da VW para a região, durante palestra no segundo dia do Congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva, organizado por AutoData em parceria com a Prefeitura de São Bernardo do Campo, na terça-feira, 26.
A companhia espera obter ganhos buscando novos mercados para além da América Latina com veículos produzidos aqui e na Argentina: “E nesse contexto os SUVs representam boa oportunidade pois são veículos com boa aceitação em todos os mercados mundiais”.
Di Si apontou o T-Cross, produzido em São José dos Pinhais, PR, e outro SUV que será produzido na Argentina, o Tarek, como protagonistas dentro deste planejamento. O SUV brasileiro terá como novos destinos, além da região, países da Ásia e África, e o modelo fabricado na Argentina tentará seguir o mesmo caminho.
O volume e a rentabilidade desses embarques serão baixos a princípio, admitiu Di Si, mas “serão importantes dentro de um contexto macro da operação, de um equilíbrio importação-exportação”.
Em sua apresentação o executivo mostrou também projeções para produção de veículos neste ano no País, 403 mil veículos, volume inferior aos 467 mil do ano passado. O decréscimo, segundo Pablo Di Si, é resultado da diminuição das exportações para a Argentina.
Ele também abordou em sua palestra expectativa em torno do aumento da participação de veículos equipados com câmbio automático no mercado interno: até 2020 deve chegar a 60% da oferta total, pelos cálculos VW, sendo que em seu universo particular o índice será ainda maior, 78%. Este cenário, segundo Di Si, poderá estimular a produção local de caixas de câmbio automáticas pela própria VW: “Estamos estudando esta possibilidade”.
O executivo ainda abordou o livre comércio automotivo do Brasil com o México, anunciado recentemente. Para ele “quando o mercado é aberto do dia para a noite, ainda mais para uma indústria mais competitiva do que a nossa, como é o caso, sempre há consequências. Mas não acredito em uma invasão de carros mexicanos no Brasil”.
Foto: Rafael Cusato.
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