São Paulo – O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, chairman do Grupo Caoa, afirmou na terça-feira, 10, considerar “remota” a possibilidade de chegar a um acordo para a compra da fábrica da Ford no bairro do Taboão, em São Bernardo do Campo, SP. Mas as conversas prosseguem: o próprio Andrade considera boa a oportunidade.
“É um crime fechar uma fábrica como aquela, que tem bons equipamentos”, afirmou a jornalistas. “Mas não quero criar expectativa, especialmente com o sindicato e o prefeito.”
O Grupo Caoa foi colocado na negociação por intermédio de João Doria, governador do Estado de São Paulo, que buscou um comprador para a unidade após a Ford anunciar o encerramento das atividades, em fevereiro. Embora o governador insista na possibilidade de um desfecho positivo quase nove meses depois do anúncio, a fábrica foi desativada – desde o fim de outubro não saem mais carros ou caminhões das suas linhas de montagem.
Em recente entrevista a Agência AutoData, Doria afirmou existirem outros interessados na aquisição da fábrica, sem fornecer pormenores. Mas, embora tenha chamado para si a responsabilidade de encontrar um comprador meses atrás – e convocado, inclusive, uma entrevista coletiva em que anunciou o due dilligence da Caoa com a Ford – , o governador afirmou ter feito o que estava sob sua alçada: “Isso é um negócio do privado com o privado”.
Andrade também não jogou a toalha: segundo ele existem conversas com três grupos chineses interessados em produzir automóveis no Brasil em parceria com o Grupo Caoa. Em um dos casos os asiáticos aceitam, inclusive, negócio no molde 51% Caoa e 49% capital chinês.
Foto: Divulgação.
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