São José dos Pinhais, PR – Em fase avançada de desenvolvimento a plataforma MQB Hybrid que será aplicada nas operações da Volkswagen no Brasil, permitindo o uso da tecnologia flex em conjunto com a eletrificação, permitirá que carros híbridos leves, híbridos puros ou híbridos plug-in sejam produzidos nas suas fábricas brasileiras. Segundo o presidente Ciro Possobom a introdução das tecnologias seguirá a demanda dos clientes.
“É uma plataforma já disponível na Europa, fornece modelos para outras marcas do Grupo Volkswagen e está sendo adaptada para o Brasil”, disse o executivo em conversa com jornalistas após a divulgação dos investimentos de R$ 3 bilhões em São José dos Pinhais, PR. “A solução será fornecida a depender do tipo de cliente, mas temos flexibilidade para produzir qualquer tipo de tecnologia híbrida, com baterias menores ou maiores”.
Segundo o presidente a ideia é que todas as fábricas brasileiras, São Bernardo do Campo e Taubaté, SP, e São José dos Pinhais recebam a nova plataforma, mas manteve segredo a respeito do cronograma.
Dos R$ 16 bilhões em investimentos anunciados em março a fatia da unidade paranaense já foi divulgada, com a introdução de dois novos modelos – o Virtus, em produção compartilhada com a Anchieta, e uma picape inédita “O que posso adiantar sobre a picape é que ela é completamente nova”.
O valor reservado ao ABC ou a Taubaté será “divulgado futuramente”, segundo Possobom. A fábrica de Anchieta, como o presidente adiantou em março, terá dois novos modelos que estão em desenvolvimento e Taubaté mais um, classificado por ele como “icônico”. No total serão dezesseis lançamentos até 2028, dentre atualizações da linha, importações e modelos totalmente novos.
A respeito da produção do Virtus no Paraná o executivo afirmou que as projeções da VW indicam que o sedã terá demanda maior no futuro e mais volume seria necessário para atender o mercado. Não significa, necessariamente, que será reduzida a produção em São Bernardo, embora ele admita que a fábrica, que produz quatro modelos – Polo, Virtus, Nivus e Saveiro – precisará ter espaço para a produção das novidades prometidas.
Todas as versões poderão ser produzidas nas duas unidades, afirmou o executivo, que admitiu que, caso necessário, mais modelos poderão ter sua produção espalhada em mais fábricas no futuro, tirando proveito da flexibilidade da plataforma MQB presente nas três unidades.