São Paulo – A GWM aguarda a definição das alíquotas do IPI verde, prometidas por Geraldo Alckmin, ministro do MDIC, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, para breve, para decidir o portfólio de veículos que produzirá em Iracemápolis, SP. Em conversa com a Agência AutoData Diego Fernandes, novo COO da companhia no Brasil, confirmou que o primeiro será o Haval H6, mas ainda fez mistério com relação à versão.
A definição do IPI verde é a mais relevante dentre as regras do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, segundo Fernandes, pois é a partir das alíquotas e das diretrizes do decreto que o plano de produto avançará. Certo, mesmo, é que o primeiro Haval H6 produzido no Brasil será híbrido plug-in: “A localização de outros modelos está em discussão, mas precisamos conhecer todas as regras do Mover, principalmente do IPI verde. Isto precisa ser definido pelo governo para que as conversas internas avancem”.
Durante o Festival Interlagos a GWM anunciou a chegada de dois novos modelos em 2025, o Wey 07 e o Tank 300, introduzindo duas novas marcas do grupo no Brasil. O Tank já foi citado por outros executivos da empresa como um modelo que deverá ser produzido aqui.
Com 15,9 mil unidades comercializadas de janeiro a julho o COO da GWM disse que a projeção para 2024 é comercializar mais de 30 mil unidades. O portfólio recentemente cresceu: o Haval H6 PHEV19 foi acrescentado para dar ao consumidor uma opção plug-in mais barata – e, devido ao seu sucesso, tornou-se grande candidato a ser o primeiro nacional. Para o ano que vem a expectativa é de um volume ainda maior, disse Fernandes.
A chegada das marcas Tank, com pegada mais off-road, e Wey, com foco em SUVs luxuosos, deverá gerar movimento maior para a rede GWM. Os modelos serão vendidos no mesmo showroom do Haval H6 e do Ora 03, no e-commerce da GWM e na loja oficial no Mercado Livre.
Planos de produção local
A previsão da GWM é de iniciar a produção em série, ainda em CKD, em abril ou maio de 2025, com expectativa de fabricar 20 mil unidades no primeiro ano e evoluir até os 100 mil veículos/ano. Os primeiros pré-série serão montados em dezembro, segundo a empresa. Fornecedores locais serão agregados à operação conforme o avanço da montagem CKD no ano que vem.
Chegar a um volume produtivo relevante e com bom porcentual de conteúdo nacional é uma meta da GWM para conseguir exportar para toda a América Latina por meio dos acordos comerciais que o Brasil possui com os países da região. Chegando a 40% de conteúdo local já será possível iniciar as exportações, desde que a montadora se comprometa a chegar a 60% nos meses seguintes.