São Paulo – A participação dos veículos produzidos no Brasil no mercado do Chile, que não tem indústria automotiva local, oscila de 9% a 11%, em cenário de média de vendas de 330 mil unidades por ano, segundo Diego Mendoza Benavente, secretário geral da Anac, Associação Nacional Automotriz do Chile, que participou do Congresso Latino-Americano de Negócios do Setor Automotivo, realizado por AutoData de 19 a 23 de agosto.
Assim como ocorre na maioria dos países da América Latina a maior participação nas vendas é de veículos produzidos na China. No caso do Chile este porcentual chegou a 39% em 2024, um dos fatores que dificulta o crescimento das exportações brasileiras.
O secretário afirmou que essa é a maior fatia de mercado já conquistada por um país no mercado chileno e que apenas nos anos 1990 houve algo parecido, quando o Japão também tinha um market share próximo dos 40%.
De acordo com Benavente o porcentual que o Brasil possui é relevante, uma vez que o País é aberto e possui competitividade muito grande, com cerca de 2,3 mil modelos de automóveis, comerciais leves, caminhões e picapes de diversos países:
“O Brasil exporta para o Chile muitos SUVs compactos, que estão com demanda em alta no nosso país. Também recebemos muitos automóveis de passageiros, como hatches, e algumas picapes”.
Com relação aos veículos pesados a expectativa é de que os ônibus elétricos que começaram a ser produzidos no Brasil façam parte das licitações locais chilenas e ganhem espaço, uma vez que a demanda está em alta e o transporte público será o primeiro segmento do setor automotivo a ser descarbonizado.