Fábrica de Resende está sendo preparada para os dois SUVs, garantiu presidente Gonzalo Ibarzábal
São Paulo – Com duas novidades programadas para o Brasil nos próximos anos, fruto do ciclo de investimentos de R$ 2,8 bilhões, a Nissan mantém a cautela: a projeção para 2024 é a de vendas de 2 milhões 450 mil veículos leves, mesmo com o mercado já tendo superado o volume do ano passado. O presidente Gonzalo Ibarzábal disse, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2025, que a expectativa é de crescimento de 6% no ano que vem, alcançando 2,6 milhões de veículos leves.
Segundo ele a fábrica de Resende, RJ, está cerca de 90% pronta após as mudanças para a preparação da produção dos dois novos SUVs e do novo motor 1.0 turbo. O objetivo é fazer dela um hub de exportação: “Um dos SUVs será exportado para mais de vinte países.”
Resende opera em dois turnos e, mais do que aumentar capacidade, é preciso ter tecnologia e oferecer treinamento, segundo o presidente. Cerca de 130 funcionários foram ao Japão para poder ter capacitação para fazer, segundo ele, carros de alto nível.
Um dos SUVs já é conhecido: o novo Kicks, fabricado e lançado no México. A preparação da fábrica para que ele seja produzido será finalizada até março: “Temos muita expectativa para atender às novas exigências do consumidor em tecnologia e segurança”.
Já os pormenores do outro SUV ainda são guardados sob sete chaves. O presidente somente antecipou que será um modelo com produção apenas em Resende e com exportação para vários mercados, incluindo o México.
Novos fornecedores para aumentar a competitividade
Em pleno ano de transição a Nissan tem muito a comemorar: seu crescimento nas vendas alcançou 35,2% em 2023 e 27% em 2024. Ibarzábal estimou chegar a 4% de market share em 2025, índice até realista pois a marca alcançou, até outubro, 3,7% de participação.
O atual Kicks, que será mantido em produção, é detentor dos méritos. No acumulado até outubro é o quarto SUV mais vendido do País. Hoje ele tem 70% de índice de nacionalização e a meta é aumentar o número de fornecedores com a chegada dos novos modelos. Trazer a cadeia de suprimentos para próximo da fábrica equaciona gargalos logísticos e aumenta a competitividade, garantiu Ibarzábal.