Com portfólio diversificado e foco na descarbonização, montadora inicia em 2025 seu novo ciclo de investimentos
São Paulo – O ano de 2024 foi positivo para a Scania, com a produção recorde de 30 mil caminhões em São Bernardo do Campo, SP. A expectativa é de um 2025 promissor, sobretudo nos caminhões de 16 toneladas para cima, que devem fechar o ano com 92 mil a 95 mil unidades vendidas, segundo estimou Christopher Podgorski, CEO e presidente da Scania Latin America durante o Congresso AutoData Perspectivas 2025.
O bom presságio para o próximo ano é baseado nos setores que alavancam o segmento, como agronegócio, pecuária, carnes refrigeradas, mineração, florestal, que apontam para um futuro promissor e mais demanda por transporte. Outro indicador positivo é a Scania exportar 35% de sua produção para 47 países.
No novo ciclo de investimentos, na ordem de R$ 2 bilhões, boa parte será voltada para realizar a manutenção do parque fabril. Outra parte para viabilizar a industrialização da nova plataforma e a oferta de portfólio eletrificado ao longo do tempo. “Vamos fabricar localmente o chassi de ônibus 4×2, com as primeiras unidades produzidas em março e que chegam às ruas a partir de setembro”.
Podgorski acrescentou que é imperativo a implementação perene do Programa Nacional de Renovação de Frotas para impulsionar a adoção das novas tecnologias de descarbonização dos veículos pesados e retirar de circulação a frota antiga, que não cumpre com normas de emissões e segurança.
Bons negócios
A Fenatran, realizada no início de novembro, foi uma injeção de ânimo com recorde de visitantes e serviu para criar uma boa expectativa para o próximo ano. Podgorski lembrou que a Scania contou com 17 veículos expostos e recebeu a visita de 20 mil clientes.
A locação de caminhões é uma realidade, uma opção que entrega maior flexibilidade ao cliente para utilizar seu capital em outras frentes. “É um caminho, tem crescido, é sustentável, mas ainda significa um volume menor. De 20 mil veículos comercializados este ano, o portfólio de locação deve chegar a quatrocentos veículos. Mas veio para ficar”.