Objetivo é repetir o desempenho com crescimento próximo a dois dígitos, enquanto a expectativa para mercado é de avanço de 5% nas vendas
São Paulo – O objetivo da Volkswagen para 2025 é claro: seguir sua trajetória de crescimento superior à média do mercado, já desempenhada no ano passado e repetida em 2024. Até outubro as vendas da companhia avançaram 19%, em comparação ao crescimento de 15% do mercado, o que deu ganho de 0,5 ponto de participação. Foi a única, das cinco líderes, a registrar aumento do share, segundo Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing, que apresentou suas expectativas no Congresso AutoData Perspectivas 2025, organizado pela AutoData Editora em São Paulo.
Para manter o desempenho a companhia prepara três lançamentos no ano que vem, que integram o ciclo de investimento de R$ 16 bilhões programados para o País até 2028: o SUV compacto Tera, o Nivus GTS e o Golf GTI.
“Em 2024 tivemos diversos destaques: o Polo vem sendo o carro de passeio mais vendido no Brasil, com 112 mil unidades comercializadas, e o T-Cross é o SUV mais vendido, com 58 mil unidades. Estamos com recorde de exportação, com um aumento de 48,5% em comparação a 2023, enquanto a exportação caiu 7,6% em todo o setor.”
Ele destacou também as ações de marketing promovidas pela VW durante o ano, como os patrocínios aos festivais Rock in Rio e Circuito Sertanejo.
“No mês da Festa do Peão de Barretos, quando promovemos a Amarok, vendemos 1,5 mil unidades contra seiscentas comercializadas, em média, nos meses anteriores.”
Corassa declarou também que várias de suas fábricas já atingiram 100% de produtividade em dois turnos, com destaque para as unidades de Taubaté, onde será produzido o Tera, e a da Anchieta, onde será produzido o Nivus GTS. Já a planta do Paraná começará a produzir o Virtus nos próximos meses.
Blindagem contra problemas na matriz
Com relação aos problemas que a Volkswagen enfrenta na Alemanha, onde uma reestruturação da matriz deve ocasionar demissões e fechamentos de fábricas, Corassa afirmou que acompanha a situação de perto. Mas disse que, graças aos bons números obtidos nos últimos anos, a filial brasileira estaria protegida contra eventuais turbulências.
“Estamos avaliando o que ocorre na Alemanha mas nosso desempenho nos dá segurança. Recentemente ultrapassamos os Estados Unidos em volume e o nosso market share chegou a ultrapassar o da própria Alemanha. Logo, mesmo com um cenário desafiador para a economia brasileira em 2025, com encarecimento do crédito [devido a um provável aumento da taxa Selic] e uma possível queda no PIB, estamos muito otimistas em repetir o desempenho deste ano.”