Foi a maior participação desde março de 2012, segundo cálculos da Anfavea
São Paulo – As importações de veículos alcançaram, em janeiro, sua maior participação no mercado brasileiro desde março de 2012, de acordo com a Anfavea. Dos 171,2 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus licenciados no primeiro mês do ano 39,3 mil, ou 23%, foram produzidos em outros países, incluídos aqueles com os quais o Brasil mantém ou não acordo comercial bilateral.
Ao passo em que as vendas domésticas subiram 6% de um ano para o outro as importações avançaram 24,8%. Metade do volume, 19,4 mil veículos, veio da Argentina e um quarto, 10,4 mil unidades, da China.
A diferença, como observou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, é que com a Argentina existe intercâmbio comercial de peças e componentes e muitos dos veículos lá produzidos contêm conteúdo fabricado no Brasil. Há também o acordo comercial bilateral e, em janeiro, o saldo foi equilibrado: 19 mil 365 importações e 19 mil 393 exportações.
Com a China, no entanto, as importações, em sua maioria veículos eletrificados, são com tarifas mais baixas. De janeiro de 2024 para o mês passado o crescimento foi de 30,7%.
Mas existe também a promessa de que dois grandes importadores, BYD e GWM, ainda não associados da Anfavea, iniciem a montagem local de carros ainda em 2025, o que poderá reduzir as importações e até expandir a produção brasileira.