As principais empresas fornecedoras de motores para caminhões, Cummins, FPT e MWM, acreditam que 2018 será de crescimento, pois sua expectativa de expansão para o PIB é acima de 2%, o que refletirá diretamente sobre o segmento. Para Luís Pasquotto, presidente da Cummins no Brasil, alguns fatores além do PIB serão responsáveis pelo crescimento no ano que vem:
“A taxa de câmbio e a Selic previstas para 2018 estão dentro do que a indústria espera para continuar crescendo. Porém vale destacar que o nível de desemprego, hoje de 14 milhões de pessoas, precisa cair”.
Para Amauri Parizoto, diretor de vendas da FPT, outros fatores ajudarão o mercado em 2018: “IPCA em queda, assim como a taxa Selic, aliados ao crescimento do PIB e da produção industrial são fatores que levarão o mercado a crescer”.
O diretor da MWM Cristian Malevic também acredita na expansão do segmento: “Precisamos de um crescimento sustentável e algumas medidas que foram tomadas pelo governo ajudarão o setor no ano que vem, como as reformas trabalhistas. A retomada do emprego também é necessária para sustentar o crescimento”.
Os três executivos estão otimistas para o ano que vem, mas cada um tem uma expectativa diferente. Pasquotto, da Cummins, acredita “que em 2018 o mercado de caminhões ficará de 74 mil a 78 mil unidades vendidas”.
O diretor da MWM, Malevic, é mais otimista: “Se a indústria continuar nesse ritmo de recuperação chegaremos a 84 mil unidades em 2018”.
O único que não cravou um número, nem um índice, foi Parizoto, da FPT, que no entanto não escondeu seu otimismo: “O mercado está no caminho da recuperação e temos tudo para atingir ótimos números no ano que vem”.
Para este ano eles concordam que o setor está retomando o crescimento, mas têm expectativas diferentes: a Cummins acredita que o mercado fechará perto de 73,3 mil unidades, a MWM espera crescimento maior este ano, com 76 mil unidades – e a FPT não divulgou sua expectativa mesmo destacando que estamos na retomada do crescimento.
Luís Pasquotto aproveitou o evento para falar sobre a situação da economia e da crise política do Brasil: “Fala-se de um descolamento da economia com relação à política, porém não acredito que isso esteja acontecendo. Acho que, momentaneamente, a economia está sendo menos afetada pelos escândalos políticos, ainda mais se compararmos com o impacto que sentimos no passado”.
Foto: Maurício de Paiva
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