São Paulo – A Iveco projeta a recuperação dos volumes de vendas de caminhões pré-pandemia no mercado brasileiro para 2022 ou 2023. Márcio Querichelli, dirigente da montadora para a América do Sul, participou do Congresso AutoData Perspectivas 2021, realizado em ambiente virtual pela AutoData Editora até a sexta-feira, 30.
Segundo o executivo o mercado deverá fechar o ano com 97 mil licenciamentos de caminhões – os dados do executivo da Iveco incluem os registros de veículos comerciais do segmento de 3,5 toneladas. O volume, portanto, ficaria abaixo das 122 mil unidades registradas em 2019.
As projeções da companhia a respeito da produção para o ano indicam 95 mil unidades, volume inferior àquele registrado no ano passado, quando o setor produziu 141 mil unidades. Situação mais drástica nas exportações, indica a Iveco: 14 mil embarques em 2020 contra 21 mil unidades exportadas no ano passado.
Sobre 2021 a empresa preferiu adotar a cautela e observar mais o comportamento do mercado no trimestre derradeiro do ano para tentar esboçar um quadro futuro. O que se espera, por ora, são desafios, disse Querichelli: "Os principais são a continuidade dos investimentos em tecnologias ligadas aos biocombustíveis, as demandas por conectividade e a renovação de frota".
Outro fator que poderá ser observado este ano, seguiu o executivo que assumiu o cargo regional em março, é o crescimento de 34% nas vendas de caminhões Iveco contra as registradas em 2019. "O crescimento esperado se dará em função dos resultados de vendas dos lançamentos que fizemos do ano passado pra cá, que estão produzindo resultados neste momento".
Se a companhia adotou a parcimônia para revelar suas projeções operacionais para 2021, no campo da macroeconomia há expectativa de PIB de 3,42% e dólar a R$ 5,20. "Mais importante do que o dólar baixo ou alto é a sua estabilidade em um patamar para que possamos, assim, ter previsibilidade e saber em que terreno estamos pisando".
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