São Paulo – Dificilmente o mercado brasileiro fechará este ano com menos de 1,9 milhão de unidades vendidas. Possivelmente, avaliou o presidente da FCA, Antonio Filosa, no Congresso AutoData Perspectivas 2021, realizado em ambiente online até a sexta-feira, 30, alcançará 2 milhões de veículos, podendo, no ano que vem, alcançar em torno de 2,3 milhões de unidades, “talvez um pouco mais, talvez um pouco menos”.
Na Argentina, continuou Filosa, a expectativa é de manutenção da volatilidade dos últimos anos. Ele acredita em vendas na casa das 450 mil unidades. Já para os demais países da América Latina, excluindo México, um mercado de 1 milhão de veículos – com Chile, Colômbia e Peru puxando volumes mais robustos.
Preocupa um pouco o presidente da FCA a segunda onda da covid-19 que está em curso na Europa. Ainda que ela não chegue aqui, o que ele não descarta, os efeitos podem gerar impactos na economia brasileira e no dólar. Suas projeções são de aumento de 3,5% no PIB em 2021, não tão firmes por causa deste contexto da pandemia. O dólar médio para o ano estimado é de R$ 5.
De toda forma, Filosa tem convicção de que 2021 será o ano da vacina. “Lembrando que o ano tem doze meses, então ela pode chegar de janeiro até dezembro. Mas acredito que ela comece a ser distribuída no fim deste ano, chegando nas primeiras semanas de janeiro e, quem sabe, alcançando uma boa parte da população ainda no primeiro semestre”.
Será também um ano recheado de novidades da FCA. A primeira deverá ser a inauguração da expansão da fábrica de motores em Betim, MG, de onde sairão dois modelos turbo para equipar automóveis Fiat e Jeep. Segundo o executivo as máquinas já estão rodando, em teste, e nos primeiros meses de 2021 deverão estar produzindo os novos motores.
Depois virão novos veículos: o novo SUV da Jeep, de sete lugares e produzido em Goiana, PE, foi confirmado para o segundo semestre. Em algum momento será apresentado o SUV Fiat, que sairá das linhas de Betim. Um segundo SUV Fiat será lançado em 2022. “A partir daí seguiremos com outras novidades, como a nova Toro, Compass. Vamos renovar tudo”.
Para Filosa, embora a FCA precise ter cautela em determinados investimentos, como de expansão de capacidade, não pode deixar a ousadia na hora de investir em tecnologia e novos produtos. Ou, a partir do ano que vem, a Stellantis – afinal, como lembrou o executivo, “2020 provavelmente será o último ano da FCA como FCA”.
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