Segundo o presidente Márcio Lima serão abertas 29 fábricas até o fim de 2023
São Paulo – Abril manteve o mesmo ritmo de produção de veículos registrado em março, com 185,4 mil unidades, segundo divulgou a Anfavea na terça-feira, 10. Com relação a abril de 2021 o cenário foi de ligeira queda de 2,9%, mais acentuada quando comparados os dois primeiros quadrimestres: 13,6% menos veículos produzidos, com 681,6 mil unidades.
A diferença da produção de janeiro a abril de 2021 para o mesmo período de 2022 superou as 100 mil unidades. A razão, segundo o presidente Márcio Lima Leite, é o descompasso da cadeia de fornecimento, em especial os fabricantes de semicondutores, cenário de dificuldades que completa 1 ano. Desde janeiro 14 fábricas brasileiras tiveram algum tipo de paralisação por falta de componentes, disse o executivo.
Mas ele levou aos jornalistas, em sua primeira entrevista coletiva de divulgação de resultados, também notícias positivas: “Até o final de 2023 serão abertas 29 fábricas de semicondutores no mundo. Neste ano, no segundo semestre, serão duas, uma na Ásia, com uma capacidade bem interessante, e outra na Alemanha. Por isso manteremos as nossas projeções”.
Ainda que nos quatro primeiros meses do ano a produção tenha registrado saldo 13,6% negativo, a Anfavea mantém sua expectativa de avançar em 9,6% o volume de veículos produzidos no ano, para 2 milhões 460 mil unidades.
Lima destacou também a geração de empregos no setor, estável de março para abril mas com saldo de 1,9 mil postos de trabalho gerados por suas associadas, incluídas aí também as fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias, desde o fim do ano passado – nas montadoras o saldo foi de 400 contratações no período.
“Para cada vaga aberta nas fabricantes outras nove são abertas no resto da cadeia. Então podemos dizer que a indústria automotiva gerou 19 mil empregos este ano”.