São Paulo — O setor de ônibus esperava crescimento de produção de até 15% de 2019 a 2020, algo que tornou-se distante com a pandemia e todos seus efeitos no turismo e no transporte público, principais catalisadores de negócios dessa indústria. Até setembro a queda acumulada nas linhas foi de 27% na comparação com o desempenho nos nove meses do ano passado.
Diante do quadro os fabricantes tomaram medidas para promover o aquecimento do mercado. Ruben Bisi, presidente da Fabus, disse durante o Fórum AutoData Veículos Comerciais, realizado por meio online na terça-feira, 1º, que iniciou um diálogo com governo no sentido de criar mecanismos de fomento. É uma das saídas encontradas para que a indústria tenha força diante de um cenário que pode ser ainda mais desfiador considerando, ainda, limitação do crédito, aumento dos preços por causa dos insumos mais caros e queda nas exportações.
Dentre as medidas que são debatidas na esfera pública estão programas regionais de renovação de frota, contou Bisi: "A queda na produção que projetamos para o ano é de 25,5%, chegando a 13,3 mil unidades. As quedas nas exportações, segundo nossas projeções, indicam 27% a menos, ainda que entregas para o mercado chileno estejam sendo feitas".
Para o ano que vem, com expectativa de aprovação de reformas tributária e adminstrativa, manutenção dos programas federais para ônibus escolares, dentre outras medidas esperadas pelas fabricantes que ocorram no setor, espera-se que a produção seja 10% maior no comparativo de 2020 com 2021, somando 14,6 mil unidades. O mercado chileno em alta, sobretudo no segmento de microônibus, deverá ajudar o setor a exportar 14% mais na mesma base de comparação, apontam as projeções da Fabus.
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