São Paulo – Dois temas são prioritários para a Toyota no mundo: neutralidade de carbono e mudança do conceito de propriedade dos veículos para o uso. E, segundo Gustavo Salinas, seu diretor comercial para a América Latina e Caribe, também o são por aqui, respeitadas as características de cada mercado. Ele palestrou no último dia do 3º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, organizado pela AutoData Editora, a sexta-feira, 18.
A Toyota foi das pioneiras na eletrificação, com o lançamento do híbrido Prius há mais de uma década. Seu plano foi trabalhar em todas as tecnologias eletrificadas: hoje oferece modelos híbridos – e, por aqui, o híbrido flex –, híbridos plug-in, elétricos a bateria e movidos a célula de hidrogênio: “Não enxergamos um tecnologia dominante. Haverá um pouco de tudo e cada mercado, ou consumidor, fará a sua opção”.
A preocupação maior é reduzir as emissões de CO2. E na Argentina e no México, países em que a matriz energética majoritária não é renovável, por exemplo, essa forma de trabalhar não tem nos 100% elétricos o melhor caminho. Ao contrário da Costa Rica, Paraguai e Brasil, três países com matriz renovável.
Por isso a decisão de manter protagonismo em todas as frentes, desenvolvendo novas tecnologias e aperfeiçoando as atuais. A Toyota é a única dentre as grandes fabricantes com presença industrial na região – três fábricas no Brasil, uma na Argentina e uma na Venezuela – que já produz modelos eletrificados localmente. O Corolla e o Corolla Cross já são exportados para diversos mercados, incluindo sua versão híbrida e até a híbrida flex, que vai para o Paraguai.
Em paralelo a companhia desenvolve na região a Kinto, sua empresa de carros por assinatura: “Já estamos presentes em vários países com plano de expansão”.
Segundo Salinas a Toyota produz 375 mil unidades por aqui, gerando 12 mil empregos. Suas vendas superam as 400 mil unidades. E a maior parte é de produção local.
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