São Paulo – Foi de Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil, umas das projeções mais otimistas para o mercado de automóveis e comercias leves em 2022 divulgadas no Congresso AutoData Perspectivas 2022: 2,4 milhões de unidades, crescimento de 15% a 20% sobre os 2 milhões de emplacamentos que são esperados pela empresa para 2001.
Alguns pontos positivos para o ano que vem foram apresentados por ele, como o avanço da vacinação e o potencial que o mercado tem para crescer. Gondo lembrou das locadoras, que deverão ter forte demanda em 2022 porque deixaram de comprar um grande volume em 2021 e precisam renovar sua frota.
Ao avaliar o cenário do ano que vem o presidente também fez questão de separá-lo em dois períodos, com o primeiro semestre ainda impactado pela falta de semicondutores e o segundo semestre um pouco melhor para atender à demanda. Outros fatores estão no radar, como aumento no preço das matérias-primas, pressão grande por causa da alta nos custos e a chegada da fase L7 do Proconve para veículos leves no ano que vem:
"Temas macroeconômicos como a inflação alta de 2021, que impactará o ano que vem e faz com que a taxa Selic aumente também, são temas importantes, porque isso define a taxa de juros para os clientes que pretendem comprar carros financiados, público com grande participação nas vendas".
Com expectativa de crescimento no ano que vem, quando encerra o investimento de R$ 1,1 bilhão realizado no período 2021-2022, a Renault do Brasil já discute com a matriz um novo aporte para os anos seguintes, dedicado à renovação do portfólio atual de produtos e também de motores, com possibilidades para o novo motor 1.3 turbo de 170 cv, importado da Europa e usado no Captur, tornar-se nacional, assim como a chegada de novos produtos.
Segundo Gondo todos esses temas estão em discussão e a operação local trabalha para validar os investimentos futuros.
Fotos: Reprodução.