São Paulo – A Scania espera que seu principal gargalo, os semicondutores, estejam mais disponíveis a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Christopher Podgorski, CEO para a América Latina, palestrou no segundo dia do Congresso Perspectivas 2022, realizado por AutoData, de forma online, na terça-feira, 19, até a sexta-feira, 22:
Segundo o executivo a linha de caminhões Scania é a que mais demanda esse componente no País, na comparação com seus concorrentes. Por isso a companhia teve algumas paralisações em suas linhas de São Bernardo do Campo, SP. Mas Podgorski espera que tudo melhore no ano que vem.
"Hoje é mais fácil falar de 2022 do que do fechamento de 2021. Acredito que no primeiro trimestre do ano que vem o fluxo da nossa cadeia de suprimentos estará mais normalizado. Vejo também um aumento expressivo nos custos, mas a expectativa é de equalização nas entregas".
É com esse cenário que a Scania se prepara para avançar no desenvolvimento de novas tecnologias para comercializar no mercado local. A expectativa é de que nos próximos anos o mercado seja eclético, com diversas motorizações convivendo juntas, sendo o custo final de operação o grande fator de decisão na hora da compra. Dessa forma a montadora quer ter todas as opções disponíveis para os clientes.
Para desenvolver novos tipos de propulsão a empresa está construindo um novo centro de pesquisa na unidade de São Bernardo do Campo com foco no domínio e desenvolvimento local das novas tecnologias:
"Faremos uma transição gradual e efetiva do diesel fóssil para as novas motorizações. Começamos com as alternativas movidas a gás natural e renovável e seguiremos em 2022 com parcerias de infraestrutura nas principais rotas do País para esses veículos. O avanço com veículos eletrificados também faz parte dos planos".
A Scania importou dois ônibus elétricos produzidos na Europa para testar na região. Um está na fábrica de São Bernardo do Campo e o outro iniciará roadshow pelo México, para ser testado e gerar conhecimento para a operação local. Podgorski disse que ainda não existe prazo para uma possível produção ou comercialização no País.
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